אני תלוי באלוהים כל הזמן

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

"...ALMA-PENSANTE OU LOUCURA-VIVENTE?"

                                          Por Álef Rosh Benavraham

                    Minha vida é tecida por descaminhos, atalhos e impossibilidades ideológicas... Por desconstruções e desacontecimentos inusitados... Transpassada por desvarios, desvios, contornos e retornos no entorno de verdades centrípetas... Pois só orbito no eixo das forças centrífugas das obscuridades intangíveis e imperscrutáveis... Então, para que vislumbrar o paradoxal não-futuro? ...Minha missão é desdenhar, desplanejar, desmitificar o presente...  Velar para descompreender, descomprimir e libertar o efervescente pensamento... Com a inconsciência de ser apenas mais uma anônima peça no imaginário tabuleiro da revolução humana... Vivo o nicho e o holos: descubro-me infinitude encarnada que busca despojar-se de seu finito invólucro aracnídeo fadado ao complexo e perplexo destino entre-teias... A cientificidade não é meu ponto de partida! Ela não me contém, nem me detém... não preenche ou satisfaz minha alma... Um doce hálito divino ejeta-me diariamente às outras esferas da transcendente existência... Um buraco negro suga-me violentamente ao desconhecido retorno da pseudo-razão... Recomeço aleatoriamente, pendurado nas frágeis teias da ciência, saltando ao relento filosófico... E aonde vou, caminho sem enraizar os pés no chão do pretenso conhecimento, sem desviar-me do invisível percurso traçado desde antes de eu existir: o fio tênue que separa a densa desilusão da loucura! ...Mas por que nominar esta minha ré-missão, remissão ou pró-missão literária? Deveria privá-las do sagrado silêncio hermético para dimensioná-las em insanas e incompetentes palavras? ...Sigo apenas o som do coração, a pulsação frenética da vida, o ritmo vibratório e demasiado ilusório das teses e antíteses que latejam em minhas veias dos pés, impulsionando-os ao alvo. ...Alvo? Qual seria o alvo de uma irracional aranha-cega? ...Que outro bicho-tema seria sua presa? ...Qual a louvável meta de um aracno-álien? ...Como traçaria novas teias nos mega-espaços interestelares das cátedras de intelectóides? ...Quanto emaranhado de teias precisaria para ajudá-los a preencher o vazio das idéias? ...Mas não almejo tornar-me tecedor de neo-inverdades! ...Resta-me permitir que outras mãos arrebatem-me para anos-luz à frente? ...Que forças surreais e desconhecidas reconduzam-me ao saudoso conforto psicológico do passado-neolítico? ...Ou que mais um incompetente guia direcione-me à sombra de outros onipotentes-visionários? ...Prefiro continuar bebendo em cisternas rotas que não possam saciar a sede de respostas... e morrer à míngua nas periferias anecúmenas da insondável verdade... Mas não cederei à tentação de forjar receitas mirabolantes e ocas... Nada reterei nas perspicazes garras da utópica ideologia... Não escravizarei seres e coisas por meio da projeção... Nem usurparei patentes no improvável mundo das idéias... Prefiro continuar seguindo minha peçonhenta natureza: a de galgar os frágeis e mutantes degraus do saber - do presente ao presente - pelo mero prazer de degustar hipóteses e teorias que desmaterializar-se-ão involuntariamente pela gélida e ácida digestão do meu cérebro... Por isto não canonizo fábulas, nem cientificismos sofistas... Não escrevinho rótulos ou prescrevo mais bulas aos neófitos! ...Minha mente orbita em torno de leis inusitadas, de diretrizes indefiníveis, de padrões atípicos que aniquilam o supremo egocentrismo da razão e da quadrática lógica-ilógica... Transcendo além da circuitante e perecível teia neuronal, e da própria vontade-limite, com intento de não mais submeter-me à supremacia das probabilidades-miragens advindas do imperialismo intelectual que a todos escraviza... Também não retardarei em resumir-me e assumir-me como simplório espécime dentre os demais escritores-decompositores: a própria encarnação da voraz Loucura-Vivente que só se alimenta dos putrefatos paradigmas materialistas e ditatoriais destes séculos, vomitando-os e defecando-os sem o menor pudor...  apenas para converte-los em  - ainda estéreis - insumos de uma invindoura Era Libertária.  (Acesse também:   http://escritortav.blogspot.com/)

Nenhum comentário:

Postar um comentário