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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Poesia Social (da 11 a 15)

(Continuação...)

Livro: Lendas de Um Coração - Poesia em Defesa da Igualdade - Vol. I-2,
Autor: Álef Rosh Benavraham
Total: 100 Poesias.



11.      PARTIDARISMOS

Radical é ser azul
No contorno opaco
De um dia nublado,
Querendo ser retângulo
Enquanto a Terra é redonda...
Nada de dizer parábolas
No ocidente da obviedade,
Não há necessidade
De se fanatizar pelo verde
Num planeta azul...
Radical é ser amarelo
Como subnutrido chinês,
Cavalgar sobre a grama
Queimada do sol.
Enquanto se busca a paz
No branco da bandeira...
Mudar o destino escrito
Na decadente constelação
De um céu desordenado
É ato fanático
De radicais brasileiros...
Ser verde, amarelo,
Azul ou branco
Na controvérsia simbólica
Da nossa nação,
É patriotismo louco
De radicais sem cor...



12.      MATA VIRGEM

Mata a virgem
Antes que dê cria,
Antes que torne-se sagrada
E canonizada pelo povo...
Mata virgem,
Descabaçada pela guerra,
Ignorada pelo povo
Enquanto aborta a cria...
Mata-virgem,
Tradição profana
Que combate a cria,
O salvador da mata...
Mata e desmata a mata
Enquanto a virgem agoniza,
Abortando a cria
Diante dos nossos olhos...



13.      FRUTO DO SISTEMA

Tem gente coisificada,
Como pedra vegetativa
E carne calcificada...
Livre dentro da gaiola,
Plugada às parabólicas:
Herdando curtos-circuitos
Na rede de neurônios,
Carbonizando pensamentos...



14.      CONTROVÉRSIAS

Erguem moradias
Em campos neonazistas
Arquitetados para o holocausto...
Subjugam o povo
Ao sistema fascista
Que impera camuflado
No século do humanismo...
Antropocentrismo dialético,
Recheado de sadismo;
Crueldade desmedida e despida
Diante dos olhos abertos
De quem não quer ver...
De quem só tem ouvidos férteis
Às mensagens subliminares
Do despotismo dominante
Que inflama os homens
Pela força da arma,
Pela manipulação da mente,
Enquanto cultivam-se
Sementes estéreis
Dos direitos humanos...
As massas cinzentas,
Afogadas em vermelho-vivo,
Como retratos das atocidades
E barbáries políticas
Que até cego enxergaria,
Permanecem ocultas
Aos olhos céticos
E ao coração iludido
De quem deveria apenas
Ter ouvidos surdos
Aos discursos sofistas...



15.      INJUSTA CEGUEIRA

A justiça é cega,
Com ouvidos de tuberculoso,
Mãos estendidas à porta...
Quem a guia é a águia,
A coruja, a naja,
Ou cães de guarda...
A justiça é pobre de alma,
Necessita de caridades,
De quem a agrade
Ao pé do ouvido...
No mundo dos pobres,
A justiça ainda se faz de surda,
Muda e até tetraplégica...


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