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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Poesia Social (da 31 a 35)

(Continuação...)

Livro: Lendas de Um Coração - Poesia em Defesa da Igualdade - Vol. I-2,
Autor: Álef Rosh Benavraham
Total: 100 Poesias.




31.      CUPINS HUMANOS

Multidões, semelhantes a cupins,
Buscam luz no final do túnel
E por isso criam asas...
Por mera fobia às trevas,
Abandonam seus caminhos
E voam, atonitamente,
Ao redor da luz
Acendida astutamente...
Passam o restante da vida
Dando cabeçadas frenéticas
Em lâmpadas ofuscantes,
Violentando suas mentes e corpos...
Morrem venerando a luz,
Numa busca alienante e inútil,
Sem nunca compreenderem
A sábia opção do vaga-lume...



32.      MARGINAL

Marginal eu sou,
Repelido do centro de tudo,
Quase esquecido
De mim mesmo
No atropelo relâmpago do dia...
Chega ser covardia
Colocar a mim de lado
Na tentativa de centrar
O valor em futilidades...
São tantos afazeres
No tranco da rotina,
Que acabo não fazendo
Nada por mim...
Antes que isto me transforme
Em marginal de verdade,
Esquecerei de tudo:
Centrar-me-ei em mim,
Doar-me-ei a vós...



33.      SEGUIDORES DA BESTA

Saiu do disco voador
Ao encontro do Congresso,
Trouxe o pecado de volta ao mundo...
Determinou a união de tudo,
Uma nova ditadura...
Era a besta do apocalipse
Procurando seus fiéis discípulos,
Instruindo sacrifícios:
Holocaustos de gente que vota,
Que devota a vida à sobrevivência...
Foi uma visão do princípio das dores,
No Congresso tudo são flores
Ofertadas no luto dos pobres...
Pobres crédulos da política,
Pobres vítimas do Congresso,
Que doam o sangue em sacrifício
Pela vida opulenta dos políticos...
Do disco desceu o bode expiatório,
Veio direto ao velório dos bons,
Foi julgado por culpar o governo
Pela morte de meus irmãos...
O grande líder voltou ao disco,
O Congresso afinou a música,
O povo continuou dançando
Como seguidor da besta...
Acordei com a revolução civil,
Vi que tudo foi pesadelo,
Já que o nosso gigantesco país
Não estaria sendo governado
Por somente uma única besta...



34.      DESACREDITO

Não acredito em sistemas,
Emblemas, bandeiras,
Nem na gagueira dos eruditos...
Teorias, retóricas, dialéticas,
Soberba sapiência, sofismas,
Decência ilógica, lógica,
Não acredito em nada...
Não credito total confiança
Às lideranças, liderados,
Não acredito em julgamentos
Ou em erros justificados...
Não acredito no crédito
Que se dá ou recebe,
Ou no que se concebe
À luz da própria ignorância...
A arrogância dos intelectuais,
Dos partidos, das cátedras,
E dos burros diplomados
Fazem-me desacreditar...
Só acredito na conveniência
Do que se acredita,
E na inconveniência
De quem nos obriga a acreditar...



35.      FILHOS DO HORROR

Conflitos, gritos, dissabores,
Seres enfurecidos,
Empobrecidos pela revolta...
Neuróticos odiosos...
Animalescos...
Grotescos...
Seres coisificados...
Mentes assassinas,
Corações putrefatos,
Almas sem luz...
Perdidos na carnificina,
Confundidos,
Seguindo o caos...
Os filhos da morte nasceram,
Desconheceram o amor,
Cresceram atordoados:
Alimentados pelas desigualdades...


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