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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Poesia Social (da 21 a 25)

(Continuação...)

Livro: Lendas de Um Coração - Poesia em Defesa da Igualdade - Vol. I-2,
Autor: Álef Rosh Benavraham
Total: 100 Poesias.




21.      FALSA INVALIDEZ

Ideologia-manca,
No ritmo da atrofia,
Nunca nos guia
A lugar nenhum...
Ausência de cores,
Falta de sonhos-comunais
E uma assombrosa inércia
Ocupam a mente
Deste tipo incomum...
Tem quem só conheça
A mediocridade,
A superfície supérflua
Do nada-absolutizado,
Vivendo ocupado
Em atitudes inúteis e tolas...
Ausência de idealismos,
Só conhece a estampa,
O contorno preto e branco
De uma rotina manca...
É gente assim,
Com atrofia ideológica,
Com raciocínio
Sem lógica,
Sem alma sonhadora,
Que quer conduzir
A cadeira de rodas
Da nossa geração...



22.       ZOOCRACIA

Proteger o Brasil,
Que é a terra dos bichos,
Exige muita burrocracia
Na democracia humana...
Sistema democrático,
Irmão do zoocrático,
Filho da zoofilia:
Só se percebe a diferença
Com a barriga vazia...
No democrático negocia-se:
Deformando a opinião pública,
Trocando comida por voto...
Tem tanto bicho no poder
E o povo tratado como animal,
Que no primeiro ato democrático
Votaríamos na zoocracia,
Assumindo a irracionalidade
Para fugir da hipocrisia...
Antes que outro dono da verdade,
Ou bispo inquisidor,
Imponha-nos o sistema teocrático
E excomungue nossa geração
Por ser coisa do demo...



23.      NOSSOS FILHOS

Deus,
Teus filhos se perdem:
São imagens loucas, transviadas,
Naturezas rebeldes...
Semelhantes homicidas,
Filhos e feridas,
Suicidas homeopáticos...
Teus filhos rogam:
Suplicam por perdão e odeiam,
Clamam por cura e ferem,
Choram por vida e matam...
Oh, Deus,
Teus filhos sofrem,
Doentes, sangrentos, sombrios,
Num desvio eterno...
Estão à imagem do barro,
Pisados como barro,
Desfigurados, deteriorados...
São jovens desamados, armados,
Incapazes de se salvarem,
Algemados às maldições sociais...
Ah, Deus,
Teus filhos se perdem:
São frutos da dor e da ferida,
Da exclusão, da omissão;
São escravos da falta de sorte,
São espelhos da morte...
Meu Deus,
Choro pelos filhos do mundo,
Nossos filhos, teus filhos:
Imploro que sobrevivam,
Que revivam à tua semelhança...



24.      PÉROLAS

Translúcida gana,
Destino perseguido a sangue,
Marés de alternativas...
Gana, grana, dor...
Amor ao progresso,
Lapsos de obsessões
Em transformar o futuro...
Futuros cavados em manguezais,
Tesouros em ostras,
Riquezas em cascos de caranguejos...
Translúcidos desejos
De alcançar fama,
Grana, amor...
Dor do sucesso:
Lapsos de progressos
Transformam obsessões
Em negras pérolas...



25.      ANTRO

Intrigas insinceras,
Gente ardente de mesquinharias,
Cortejos que prejudicam...
...Tudo é cilada?
...Todo carnal é cruel?
...Tudo que é nobre está à venda?
Inimigos invisíveis,
Sorriem, bajulam, apóiam,
Enquanto tramam em silêncio...
...Tudo é fachada?
...Engodo? ...Hipocrisia?
...Que não corromper-se-á?
Raça desprezível,
Demônios encarnados
Em gentes...
...Onde estarão os filhos de Deus?
...E a verdadeira luz interior?
...E o amor?
Por mais que eu envelheça,
Ainda não sei viver neste mundo,
Neste antro de humanos,
De desumanos...


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