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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Poesia Social (da 96 a 100)

(Continuação...)

Livro: Lendas de Um Coração - Poesia em Defesa da Igualdade - Vol. I-2,
Autor: Álef Rosh Benavraham
Total: 100 Poesias.




96.      ILUSÕES

Promessas são utopias que acabam,
Levando consigo a verdade,
A esperança e a confiança,
Deixando apenas o vazio...
Vazio de perder
Aquilo que nunca se teve,
De perceber que o concreto
Sempre foi abstrato...
Promessas são farsas,
Belas imagens esculpidas
No vento, na luz que se apaga,
No vazio de tudo, no nada...



97.      VIDA TERRENA

Que nenhum mortal
Fale-me de imortalidade,
Que nenhum mundano
Aliene-me em outros mundos...
Vivo a vida pelo que ela é,
Defendê-la já é o bastante...
Não renegarei meus direitos,
Ou minha missão terrena
Pelo ópio de outro corpo...
Não vivo à morte,
Nem à eternidade futura,
Vivo a imortalidade em mim:
Naquilo que em mim frutifica...



98.      SOPA ELEITORAL

Na sopa da panela
As bordas são frias,
O centro é quente,
Existe a nata superficial
E o queimado no fundo...
Tem legumes
Que cozinham demais;
Uns, de menos;
Enquanto outros se desmancham...
São todos da mesma panela,
Representam a unidade
No caldo fermentado...
Isto é política:
Só vai ser possível saborear
Quando todos forem bons...



99.      CIDADE IGUALITÁRIA

Atraído pelo silêncio
Das pessoas que dormiam,
Pus-me  a rodear seus leitos...
Dormiam, simplesmente...
Eterno era o sono sem sonhos
Dos jovens que repousavam,
Cada um em seu lugar...
Cada casa, um caso...
Retratos do inusitado
Acompanhavam dizeres enigmáticos
No ornamento das fachadas...
Paixão, amor e dor
Eram sentidos naquela cidade...
Eu queria romper o silêncio,
Descobrir o que levou esta gente
A ignorar as injustiças do mundo,
A repousar tranquilamente
Enquanto perdemos o sono...
Eu perguntava e não respondiam,
Nada abalava o descanso deles...
Até que no silêncio pude perceber:
Todos, uníssonos, testemunhavam
Que não havia mais razões para lutarem
Naquela bela e pacata necrópole...



100. CASTELO DE LETRAS

Não construo falsas riquezas,
Apenas reconstruo-me...
Ocupo-me a colocar
Cada tijolo em mim,
Edificando-me sobre rochas...
Em socorro ao próximo,
Torno-me templo da cidadania
Erguido ao louvor divino...
Dedico-me às obras,
Reformas, acabamentos...
Reergo-me como castelo de letras
Em doação ao mundo,
Em herança à humanidade...


Leia também os artigos de Tav Benyakóv:
http://escritortav.blogspot.com/

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