אני תלוי באלוהים כל הזמן

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Poesia Social (da 76 a 80)

(Continuação...)

Livro: Lendas de Um Coração - Poesia em Defesa da Igualdade - Vol. I-2,
Autor: Álef Rosh Benavraham
Total: 100 Poesias.





76.      PLANETA-GUERRA

Exército de prédios,
Todos fundamentados
No planeta-guerra,
Todos enfileirados
Ao caminho da paz...
Habitação terrestre
De demônios apocalípticos,
Moradia insólita do poder,
Que avoluma-se como escombro
No final da linha...
Os demônios existem,
Estão à solta,
Cada qual com suas verdades,
Patentes, ofícios e vícios
Advindos do inferno...
Nem com o advento do paraíso
Estaríamos a salvo,
Já que também somos alvos
No Armagedom...



77.      VAMPIRISMO

Sou o tipo de vampiro
Que prefere lamber feridas,
Sugar pus ensangüentado
De quem já agoniza,
Putrefando no leito,
Gozando os deleites
Sarcásticos da vida...
Sou o tipo de morcego
Que defeca parado
Sobre a própria cabeça,
Eu mesmo sou a vítima
Das merdas que faço...



78.      SOLTO

A chuva cai,
Minha pele se queima,
Eu fujo...
Aonde vou, chuvas caem...
Caem sobre nós,
Molham-me, queimam-me...
Ácida água celeste...
Nem só o sol nos queima...
Até o céu me queima...
Fujo das nuvens,
Do sol, da chuva, do céu...
Busco uma cidade protetora...



79.      AMOR DE ZANGÃO

Que nenhum letrado aponte-me
As fórmulas da vida...
Não há vida nas fórmulas,
Nas formas, nas leis...
Não há ardor nos teoremas,
Nem nas doutrinas
De quem não vive a vida...
Vivem acomodados em redomas
De livros, signos lingüísticos,
Que não traduzem a verdade
De quem compreende a vida
À luz das próprias experiências...
Meus múltiplos eus-viventes
Traduzem a incógnita missão
Da minha experimentalista existência...
Que nenhuma pretensa sapiência
Despreze-me por ser o zangão da colméia,
Aquele que luta empiricamente
Pela sobrevivência
Da sociedade organizada...



80.      EROSÃO

Direitos envergados pelo vento,
Esculturas desgastadas com o tempo,
Tempestivos argumentos
A serviço da erosão...
O fenômeno, sem início ou fim,
Permanece corroendo
A natureza humana...
Nos adaptamos:
Aprendendo a construir sonhos
Sobre bases temporais;
Nascemos preparados para a morte...
O vento tempestivo da ambição
Lapida nossa natureza bruta,
Esculpindo a desigualdade social
Através da incontrolável corrupção...



Se quiser continuar lendo, escolha a numeração na coluna do índice de arquivos, à direita, no topo da página. Ou clique abaixo:
http://escritoralef.blogspot.com/2010/12/poesia-social-da-81-85.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário