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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Poesia Social (da 56 a 60)

(Continuação...)

Livro: Lendas de Um Coração - Poesia em Defesa da Igualdade - Vol. I-2,
Autor: Álef Rosh Benavraham
Total: 100 Poesias.



56.      O QUIMERISTA

Levado pela esperança,
Voei nas asas arrebatadoras
De um novo tempo...
Nesta odisséia romântica
Surgem fantasias incontidas,
Muito canto e alegria
Num mundo de paz...
A vida, a luz, o verde e a energia
Emanam encantos fascinantes
Que trazem grande euforia,
Amor e harmonia
Para tomar conta da gente...
Um novo tempo diferente
Traz liberdade, felicidade,
Força e coragem para vencer,
Onde o otimismo profundo
Toma conta do mundo,
Devolve a razão de viver...
Chegou a fraternidade,
Sem diferenças, sem maldades,
Sem ódios, sem guerras,
Sem sangue de inocentes,
Sem corpos jogados ao chão...
Pois já passou mais um milênio,
O tempo das trevas se foi,
Cedeu lugar ao belo, ao encanto,
À fauna, à flora, à vida,
À pintura, à arte e ao show...
Trazendo muito festejo
O quinto milênio chegou,
Inaugurou novo tempo,
Onde a semente da humanidade
Ficou mais pura, mais forte,
Mais verde, mais nobre,
Com o selo da sorte,
Germinando somente o amor...



57.      GOTA D’ÁGUA

Talvez fosse melhor
Renegar a própria alma,
Enquanto mastiga-se o fel...
Explodir os pulmões
Com monóxido de carbono,
Afogar o coração
Em lágrimas ácidas...
Rasgar o intestino,
Espalhar a sujeira,
Mergulhar os órgãos
Nos ninhos de vermes...
Arrancar os neurônios
Imantados de radioatividade
E enxertá-los nos testículos
De alguns governantes
Para que gozem pela última vez
Sobre a nossa ignorância...



58.      LUA

Fases lunares,
Previsíveis e incompreensíveis,
Regem as marés sanguíneas...
Ciclo sarônico,
Quando a luz falseada
Cede lugar à realidade
E o eclipse revela
O mundo em seu estado natural...
Novilúnios, plenilúnios,
Fases que traduzem
O destino humano
E norteiam o poeta-encoberto
Com seu vermelho manto...
Vermelho é o sangue da terra
Que afoga o homem
Durante o fluxo e refluxo
Das marés rasas...



59.      REIVERTENDO VALORES

Chega de pedir piedade,
Compreensão e complacência,
Chega de emocionalismo piegas
E apelos socioambientais...
Não estou pedindo que preservem
Bichinhos de pelúcias
Para enfeitarem o quarto,
Ou choramingando a morte
De uma mascote pessoal...
Não, não é nada disto...
Não sou o réu,
Não estou em extinção,
Ou carecendo de esmolas...
Estou exigindo justiça:
Como promotor,
Como um corpo de jurados,
Como testemunha ocular
Da mortandade social...
Os desgovernantes,
Eles sim,
Precisam clamar piedade
À severidade da lei...
Precisam chorar seus erros
E corrigir seus defeitos,
Seus desvios de personalidade...



60.      GENTE NOSSA

Túnel sem luz,
Caminho aberto no chão,
Passos tragados pela terra...
Sigo no mundo dos mortos,
Dos soterrados, dos entrevados,
Dos zumbis-sociais...


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