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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Poesia Social (da 86 a 90)

(Continuação...)

Livro: Lendas de Um Coração - Poesia em Defesa da Igualdade - Vol. I-2,
Autor: Álef Rosh Benavraham
Total: 100 Poesias.




86.      CONTRASTE SOCIAL

Somos escravos no calabouço,
Soterrados no emboço,
Enquanto erguem prédios...
Enterram pessoas,
Imobilizam vidas,
Pintam imagens
Com a massa sangrenta
De nossos corpos...
Estamos retidos na pátina
De santuários da vaidade,
Anulados em nossas existências...



87.      APOCALIPSE

O céu fechou-se
Com nuvens de aço
Que fundiram-se entre si...
O ouro solar já não se via...
A atmosfera converteu-se
Em pedras de gelo...
O planeta tornou-se
Um caixão cósmico,
Abrigando o caos:
Corpos transfigurados
Em chagas abertas,
Paredes de almas petrificadas...
Córrego de sangues coagulados,
Flagelos conservados no gelo,
Geleiras de corpos amontoados...
Era o fim do amor ao próximo...



88.      HIPÓCRITA LOUCURA

Não agüento mais estas loucuras:
Políticos doentes prometendo cura,
Políticos cegos falando em estética,
Políticos surdos discutindo música...
Não agüento mais estas loucuras:
Políticos burros falando em sabedoria,
Políticos pecaminosos exibindo santidade,
Políticos mentirosos forjando verdades...
Não agüento mais políticos errados
Cobrando que todos sejam certos,
Sejam retos, sejam cópias...
Não serei marionete falando insanidades:
Não exigirei loucuras de quem é sábio,
Não pedirei que um músico desafine,
Não cobrarei perfeição de quem é humano,
Nem tornar-me-ei mais um santo-sociopata...
Não agüento mais estas loucuras:
Políticos querem que eu esqueça
Tudo o que ouço, o que vejo,
O que sinto, o que entendo, o que sou,
O que levei tempo para descobrir...
Querem que eu esqueça tudo o que aprendi
Para tornar-me asqueroso como eles...



89.      “HASTA LA VICTORIA”

Fazer ouvir seus lamentos
É perda de tempo,
De brio e de auto-estima...
Faça ouvir o seu grito
De independência,
Acabe com esta paciência,
Com esta indiferença
E torpe escravidão...
Arrebente as correntes
Dos oligopólios políticos,
Dos senhores das terras,
Dos donos do mundo...
Ecoe o grito de protesto,
Ecoe o hino do Brasil,
Viva o patriotismo sanguíneo
Para que o povo se uma
Ao som da velha ordem:
“...Independência ou morte!”



90.      EXORCISMOS DE MIM

Saiam de mim os sonhos,
As fábulas, os contos,
E os planos de todos os partidos...
Saiam gemendo, ganindo,
Fugindo de mim...
Não quero mais dividir ou somar
Minha vida com as decepções,
Não, não quero mais...
Saiam os anseios do proletariado,
Do empresariado, da burguesia,
Das oligarquias e dos demais...
Saiam e deixem-me em paz...
Saiam todos os dogmas e mitos
Do capitalismo, do comunismo,
Consumismo, revolução, anarquismo...
Saiam todas as utopias
Da democracia, teocracia, filantropia,
Das guerras em nome da paz...
Saiam e não voltem mais...
Saiam todas as idéias e ideais
Com suas paradoxais soluções:
Saiam e deixem minha mente vazia,
Meu corpo sem alma, meus pés sem chão...


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