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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Poesia Social (da 26 a 30)

(Continuação...)

Livro: Lendas de Um Coração - Poesia em Defesa da Igualdade - Vol. I-2,
Autor: Álef Rosh Benavraham
Total: 100 Poesias.




26.      SONHO PROFÉTICO

Outrora sonhei
Que havia acordado,
Contemplado o mundo
Totalmente transformado...
Eram montanhas de cidades,
Indústrias, robôs e asfaltos
Por todos os lados...
Os cães eram carros;
As aves, aeronaves;
As árvores eram postes;
O sol, metálico...
Nos mares, a nova Atlântida;
Os peixes todos infláveis;
Os rios viraram sepulcros;
A lua era de lixo reciclável...
O verde que se via
Era das fardas militares,
Que protegia o mundo
Das perigosas ervas daninhas...



27.      O CHAMADO...

...Povo de quem?
...Quem o chamará de seu?
...Quem o tratará como filho?
Povo, filho de Deus,
Tratado como filho do capeta,
Como amontoado de massas ruins...
...Povo de barro?
Que Deus sopre em sua narina,
Dando-lhe o fôlego da vida,
Tornando-o senhor da terra...
...Quem guerreará?
...Quem dará o sangue?
...Quem fecundará a paz?
Anônimo povo,
De carne, alma e sangue,
Fenômeno impossível de conter...
...Se Deus o enviar à luta, quem o resistirá?



28.      ACASO DE DOIS

Acidental,
Simples fluídos
Originados do orgasmo...
E o fato, sem afeto,
De um rito trivial
Das espécies,
Deu vida ao feto...
Era o neto bastardo
Sendo gerado nas trevas
De quem não desejava
Trazê-lo à luz...
Acidentalmente afetado,
Complexos fluídos
De corações infectados...
Trivial foi o fato,
Que sem afeto se repete,
De um simples feto
Tornar-se espécie de dejeto
Por mero acidente
Entre bastardos...



29.      MÁSCARA SOCIAL

Puritanismo me dá vômito...
Tenho repúdio, ojeriza, asco
Ao falso moralismo
Das mentes cauterizadas,
Condicionadas a reproduzir
Teoremas rígidos
E a viver liberalismos ocultos...
Ocultos até de si mesmos:
Fazem, negam e esquecem,
Purificam a mente
E mentem descaradamente
A todos nós...
Hipócritas,
Filhos da deturpação cristã,
Da ortodoxia venenosa do Estado,
Da insanidade desmedida
Dos que vivem às custas
De uma santidade rentável,
Enquanto se afundam
Na mesma sacanagem
Que um dia matará a todos nós...



30.      OS DOIS PILARES

Saiu do paraíso sublime,
Atravessou o abismo profundo
Para fixar a ponta do fio
No lado negro da vida...
Desovou num pilar em ruína,
Retomou o caminho de volta
E ligou a extremidade do fio
No pilar sagrado da vida...
Nasci em trevas densas,
Sobrevivi num pilar perecível,
Só me restou único fio
Que conduz ao outro lado da vida,
No pilar em que a aranha-rainha
Construiu meu ninho...
Triste e angustiado,
Deixo minhas bases ruírem
E prossigo à frente retilínea,
Pendurado numa posição fetal
De desespero e súplica,
Tudo para que me fortaleça
Enquanto atravesso o abismo...
Solitário percurso
Na singular linha da vida
Que liga o passado irreversível
Ao futuro quase incerto...
Pilares escolhidos pela sapiência
Da divina-mãe,
Que confecciona meu destino
E fragmenta meus rastros...
Ela é a aranha peçonhenta,
Deidade majestosa,
Que tece os fundamentos do mundo
Para que eu conquiste o pilar
Que está erguido no centro da vida,
Sustentando o paraíso...


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