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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Poesia Amor (da 06 a 10)

Livro: Lendas de Um Coração - Poesia em Defesa do Amor- Vol. I-1, Coleção Cactos.
Autor: Álef Rosh Benavraham
Total: 100 Poesias


1.      APARIÇÃO

Estranha aparição
Que converteu meu coração
E tornou cativo meu corpo...
Seus olhares tinham força;
Seu rosto, a firmeza de um escudo;
Enquanto suas palavras
Penetravam-me como espadas...
Senti o chão tremer e sacudir,
Senti a Terra girar mais rápido,
O tempo voar, o céu se abrir,
O amor descer ao meu encontro...
Fui arrebatado em todos os sentidos,
Meu corpo libertou-se da alma,
Meus instintos mais selvagens
Tornaram-se donos de si mesmos
Na tentativa de venerá-la
Como se venera a uma deusa...
Meu corpo tornou-se seu templo;
Meu sexo, seu altar;
Minha vida, seu passa-tempo;
Minha fé em vontade de amar...
Aquela imortal que surgiu do nada,
Tornou-se tudo para mim:
De deusa se fez escrava,
Sem escudos, sem espadas, sem nada,
Nada que me afastasse do seu ser...
Tornamo-nos carne acasalada,
Casada, amarrada, soldada,
Sem vontade de soltar...



07. ATRAÇÃO FATAL

Somos como escorpiões,
No rito do acasalamento,
Dançando com aguilhões...
Amor e morte...
Beleza excêntrica da paixão,
Natureza peçonhenta
Do amor verdadeiro,
Um risco de vida
Em cada romance perigoso...
Escorpiões no cio,
Duelo belo do amor,
Valsa suave
Que antecede sempre
A felicidade e a tragédia...



08. EMOÇÃO

Felicidade de menino
Invadindo meu sorriso,
Euforia da primeira vez
Ao som do próprio coração...
Felicidade estampada
Na gargalhada que brota
De dentro da alma...
Que dom impressionante
O de mudar meu azar em sorte,
Cicatrizar ferimentos,
Iluminar pensamentos
Com a magia do olhar...
É um mar de alegria,
Sentimento pleno
De profunda satisfação
Inundando o meu ser...
Quanta emoção eternizada
Nos fracionários segundos,
Quanta chama acesa
Da mais pura esperança...
Acho que encontrei,
No reencontro inesperado,
Aquela que tira os fardos
Das minhas tristezas...



09. ...AONDE IR?

...Aonde irei tão só?
Vago sem rumo,
Ir ou voltar não faz diferença...
...Para quem irei?
Ninguém acena à minha dor,
Nem me acolhe,
Nada se move em minha direção...
...Com quem ficarei?
Não vejo um grande amor
Em meus caminhos,
Não vejo filhos...
...Voltar?
Ninguém chora minha ausência,
Nada faz sentido lá também...
...O que restou de mim?
...Flagelos psíquicos?
Angústias devoram minha paz,
A noite é eterna,
O sol parece não brilhar...
...Dormir?
O sono cedeu às angústias...
...Chorar?
As lágrimas não brotam,
A fonte secou,
Meu coração desertificou-se
Em pedras rochosas...
...Fugir?
...Para onde?
...Aonde iria em meu desespero?
...Quem acolher-me-ia nos braços?



10. SEM FIM

Nenhum momento é o fim,
Não existe fim,
O amor é eteno recomeço...
Caio, levanto...
Perco, reconquisto...
Sempre reinicio...
O fim é a curva,
O amor é feito de curvas,
De círculos, de ciclos...
Outro amor vem depois do fim,
Depois da curva,
No recomeço...


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