Autor: Álef Rosh Benavraham
Total: 100 Poesias
26. EU SOU...
Acho que a vida é...
O amor é...
Eu sou...
Tudo é...
Ser ou não ser faz a diferença...
Ser o que se é...
Simplesmente ser...
Amar é ser...
...O que dizer que o amor é?
...O que dizer que sou?
...O que dizer que a vida é?
...Para que dizer?
Amar é viver...
Melhor ser do que dizer,
Melhor fazer do que dizer,
Melhor viver...
Viver é ser...
Tudo o que é, vive...
Tudo o que vive, é...
Eu simplesmente vivo,
Amo e sou...
27. ESQUECEREI
Preciso esquecer de lembrar,
Esquecer de amar, de procurar você...
Vou lembrar de esquecer,
De não procurar, não amar mais...
Mas se eu conseguir esquecer,
Deixar de amar e lembrar,
Também vou deixar de viver...
Deixar de viver você
É lembrar que sou infeliz,
Que procurei e você não me quis,
Que amei e não fui amado,
Porque fui esquecido e desprezado...
Esqueceu de me procurar,
De lembrar que a amo,
De esquecer seu orgulho...
E eu me orgulho de não esquecer:
Que lembro, que amo, que procuro;
E que por tudo isto, vivo...
Vivo tentando lembrar de ser feliz
Porque ainda não esqueci você...
28. SÓ ELA...
...Que é isto que acontece?
...Quem é ela para me seduzir?
...Que poder há nela?
Ela chega e me abala,
Fala e me hipnotiza,
Sorri e me desarma...
...Como explicar o amor?
...Como contê-lo?
...Como renunciá-lo?
Ela simplesmente me olha
E já arrebenta minhas correntes,
Liberta minhas feras,
Abala meu mundo inteiro...
Que majestade é o amor:
...Por que chega sem ser chamado?
...Cresce sem que eu o regue?
...Cria raízes no coração petrificado?
Ela pede e eu atendo,
Insinua e eu entendo,
Olha e tudo me comunica...
...Que milagre é o amor?
...Que poder é este?
...Que força é esta?
29. SÚPLICA
Ajuda-me Deus,
Capacita-me
A amar sempre,
Sem preconceitos,
Com defeitos,
Sem feitos...
Amar sem ver,
Sem saber,
Sem pensar...
Ajuda-me a amar,
A ti, a mim, aos outros,
Amar a todos,
Sempre amar...
30. MEU ANJO
Estava no santuário interior,
Imerso no silêncio
Da meditação transcendental...
Um anjo me apareceu
Envolto em línguas de fogo,
Seus olhos eram rubis acesos,
Seu semblante de pura ternura...
Falando em hebraico,
Estendeu-me a mão
E arrebatou o espírito de mim,
Conduzindo-o pelos ares...
Contemplei a mim mesmo
Envolto nas labaredas,
Senti o êxtase de falar mistérios,
De ir de encontro à revelação...
Transmutei com a força dos ventos...
Absorvi energias cósmicas...
Vi quando meu espírito
Assumiu outra forma corpórea
Ao conversar com o rabino
De uma sinagoga em Israel...
Descobri-me em plenitude,
Envolto pelo fogo da paixão,
Com o coração imantado de amor...
Olhei para o anjo,
Que também se transfigurou,
Fazendo-me ver e acreditar
Que era a minha noiva em espírito...
O rabino nos abençoou...
Emergi com a profunda convicção
De que a minha alma-gêmea existe
E que já estamos selados
Pela força mágica do amor...
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