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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Poesia Amor (da 61 a 65)

Livro: Lendas de Um Coração - Poesia em Defesa do Amor- Vol. I-1, Coleção Cactos.
Autor: Álef Rosh Benavraham
Total: 100 Poesias

61. MÁSCARAS

Sua pele é máscara tatuada,
Sua máscara é de pele,
Você não é o que parece...
Sua pele-máscara,
Ou máscara-pele,
Confunde até a você no espelho...
Tudo é tão artificialmente belo
E naturalmente falso,
Que ninguém a conhece...



62. TUDO PASSA

Nenhum amor se prolonga
Além das mágoas,
É raro o amor que perdura...
Nada dura para sempre,
Nenhum recomeço é definitivo,
Não há motivos
Para amá-la para sempre...
Sou passageiro...
Tudo passa...
Eu passo...
Comigo passam os amores,
As dores, os risos...
Comigo passam os desejos,
Os medos, os sorrisos...
Nenhum grande amor se prolonga
Além dos bons motivos,
São raros os estímulos...



63. NUNCA

Chegou sem fazer barulho,
Sem ser vista,
Sem ser notada...
E eu achava que nunca...
Agora a vejo, a ouço,
A busco todo o tempo,
Tudo é desculpa para vê-la...
Finjo ser amizade,
Finjo não ter ansiedade,
Finjo não desejar...
Procuro não fazer barulho,
Não ser visto,
Não ser notado...
Quero que me veja, me ouça,
Me busque, me deseje,
Me encontre todo o tempo...
Pensei que nunca a desejaria,
Nunca a amaria,
E bem sei que nunca...
Nunca a esquecerei...



64. EU ACHO

Acho que há uma magia
Que atrai, envolve, cativa,
Que nos faz desejar o encontro
E ficar ansiosos pelo reencontro...
Acho que há um mistério
Que ronda nossos pensamentos,
Que controla nossas palavras
E que omite nossos sentimentos...
Acho que há reciprocidade
No olhar, no toque, na vontade,
Que nos faz sentir e agir
Rumo à mesma direção...
Acho que há uma chance
De revelar o que sentimos,
De ter certeza do que queremos...



65. SOBREVIVENTE

Chuva repentina
Que só alucina
Minha sequidão...
Afogo-me nas enchentes
De águas turvas,
Sem saber qual das tragédias
Me faz mais bem...
Que volte a terra firme,
Ainda úmida,
Ainda fértil,
E a tormenta se transforme
Em oásis no deserto...
Sou peregrino, ermitão,
Transeunte das fatalidades,
Acostumado a sobreviver
Sem as bonanças
De um grande amor...

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