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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Poesia Amor (da 21 a 25)

Livro: Lendas de Um Coração - Poesia em Defesa do Amor- Vol. I-1, Coleção Cactos.
Autor: Álef Rosh Benavraham
Total: 100 Poesias


21. SEM SANGUE

Não darei mais sangue
Às vampiras boêmias
Que se sentem senhoras
De todos os corpos...
Não tenho dona alguma,
Não estou disponível,
Não tenho sangue algum
Pulsando nas veias...
Tenho sêmen, suor,
Misto de aflição e desprazer,
De frustração e dor
Que constituem meu corpo...
Não tenho vida pulsando,
Tenho fezes e urinas,
Toxinas e mau cheiro,
Mas nem isto darei a elas...
Serei avarento com as sobras
Da minha natureza,
Não alimentarei ninguém
Com meu corpo moído,
Nem com o gemido
Da minha alma doente...
Não darei nada além
De tudo que já dei
Na senda subserviente
Da libertinagem,
Que tornou meu resto de vida
Nesta coisa vazia e só...



22. AMOR MAIOR

Se for preciso
Arranca a pele
Tatuada de sonhos,
Mudar a roupagem interior,
Derrubar monumentos decorativos,
Buscar outros adjetivos pra vida...
Tirar os pés do chão,
Amputar as asas,
Tombar com a força da perda,
Recomeçar da dor...
Destruir a bússola,
Rasgar os mapas,
Fugir das estradas prontas,
Perder o rumo...
Andar por outros mundos,
Semear outras sementes,
Colher frutos que não plantei...
Renascer com outra pele,
De alma reciclada,
Sem raízes ou pegadas,
Sem rostos conhecidos...
Se for preciso, eu faço,
Faço tudo o que for preciso
Por amor a Deus...



23. MAR MORTO

Minha alma chora,
Deixa vazar o mar morto
De dentro de mim...
Tornei-me salinas de dor,
Sentimentos petrificados,
Sal insípido do amor...
Não há esperança
Para este mar morto,
É morto tudo de mim,
Vivo a agonia de um amor
Que não sobrevive...
Minha alma chora, evapora,
Deixa vazar este resto de mar
Que afogou a vida...
Escorrem ondas de sonhos,
Imensidões de sentimentos,
Marés de expectativas...
Vaza a morte do mar,
Escorre a alma da vida;
Minha existência se torna
Mera estátua de sal,
Derretendo-se em lágrimas...
Eu choro, imploro,
Quero voltar a ser alma:
Um mar de amor e de vida...



24. AMOR FRACIONADO

Penetrei no amor,
O dividi ao meio,
Fiz seu centro em pedaços...
Fiz de cada pedaço, o centro:
Centro da vida, de tudo...
Cortei seus pedaços,
Rejuntei os centros,
Centrei-os mais...
Arranquei o centro do amor,
Tornei-o descentrado,
Solto, livre, fragmentado;
Tornei-o vento sem centro,
O pedaço do meio,
O meio de um pedaço...
Vivi um amor inteiro,
Vivi cada pedaço do amor,
Tornei-o múltiplo e diversificado...



25. CODINOME

O amor rompeu o peito,
Esmagou o silêncio
E fez-me feliz...
Canto que amo,
Conto a paixão no sorriso,
Mostro que amo em tudo o que digo...
Felicidade é meu nome,
Era anônimo até ontem,
Até antes de encontrá-la...
Você trouxe voz ao meu peito,
Luz aos meus olhos,
Vivificando meus lábios...
O silêncio morreu,
A paz renasceu,
Fazendo-me cantar nosso amor,
Contar nosso amor...
Nossa união transpassará o conto,
Esmagará a solidão,
Nos fará feliz,
Cada vez mais feliz...
Felicidade é nosso nome,
Nosso codinome,
Nosso viver...

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