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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Poesia Amor (da 76 a 80)

Livro: Lendas de Um Coração - Poesia em Defesa do Amor- Vol. I-1, Coleção Cactos.
Autor: Álef Rosh Benavraham
Total: 100 Poesias


76. ASTRONAUTA

Existe uma viagem em minha vida,
Incessantes surtos astronômicos,
Quando penso naquele ser especial
Que só pode ser de outra galáxia...
Ela é um anjo da guarda espacial
Que me faz viajar entre estrelas
Do ar, do mar, do céu da boca...
É uma viagem muito louca,
Que traz prazer sem gravidade,
Transformando nosso foguete
Em um ninho de amor sem órbita...



77. SOBRAS

Esta vida torta, morta;
Este jeito bronco, tonto;
Esta coisa manca, tranca;
Este desamor, horror;
É tudo o que reside
Em meu peito, leito...
Escombros do ser,
Farrapos de mim,
Imagens fragmentadas
Em gélidas lembranças...
Sou quase nada
Além de ossos velhos,
Carnes flácidas,
Nervos desgastados de dor...
Esta carcaça, farsa;
Esta solidão, oquidão;
Esta fonte de sangue, mangue;
É tudo o que compõe
As valiosas sobras de mim...



78. PARADOXAL

Da explosão surgiu a essência,
Das trevas brotou a luz...
O fogo que ilumina o amor
É o mesmo que destrói a vida...
Outra é a vida que suga para si
O amor que se reconstrói...



79. VÍCIO

Sincronicidade delirante,
Insaciável desejo de amar,
Esta nossa afinidade
Nos vicia...
Vivemos na mesma freqüência,
Dividimos o mesmo espaço,
Um laço de vida
Nos mantém amarrados...
Um lapso de tempo
É a eternidade que nos une,
O vício do amor
Nos mantém afinados...



80. SONHOS EM LÁGRIMAS

Ficava feliz
Ao criar sua imagem
Quase perfeita...
Sua existência foi real
Durante alguns sonhos,
Seu beijo tinha hálito de mel,
Seu suor cheirava a jasmim...
Embrenhei-me em seu manancial...
Gozei prazer real
Ao ter você desnuda,
Nada é igual a sua pele...
Seu pêlo me excita...
Perfeita imagem do prazer,
Orgasmos quase perfeitos,
Delírios mais que perfeitos
Ardiam em meus sonhos...
Fiquei infeliz ao acordar,
Apalpei a cama
E você não estava...
Falida imagem...
Súbita ilusão...
Real solidão se apodera de mim...
O mel amarga como fel,
Seu paraíso é meu inferno,
Perco-me na solidão dos meus pêlos,
Nada mais me excita...
Procuro e não a vejo...
Sonho desfeito...
Defeito de ótica...
Olho a vida de outro ângulo,
Sem romantismos platônicos,
Sem vãs ilusões...
Vejo a solidão me devorando,
O suor cheirando mal,
Nada há de real nos sonhos...
Já não sonho mais,
Não mais procuro encontrá-la
À luz dos dias...
Infinito é o meu dia sem o seu amor,
Sem o amor que não se eterniza
Na fria realidade...
Sofro de dia e volto a dormir só,
Em meus sonhos não a encontro,
Não encontro mais nada,
Só pesadelo e fel...

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